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domingo, 17 de julho de 2011

17 DE JULHO - DIA DA IPRB - 36 ANOS

O PROCESSO DO CRESCIMENTO DA IGREJA
"Não me escolhestes vós a mim, 
mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei,
para que vades e deis fruto,
e o vosso fruto permaneça,
a fim de que tudo quanto em meu nome
pedirdes ao Pai ele vos conceda”, 
Jo 17: 16.

A propósito do dia da Igreja Presbiteriana Renovada, que comemoramos neste mês de julho, no terceiro domingo, desejamos propor aos pastores e membros algumas considerações sobre a igreja e seu chamado para exercer um papel profético, ainda que em meio às crises e aos constantes obstáculos enfrentados. Porém, o grande desafio consiste em permanecer em Jesus, a fim de que cresça e sua missão seja cumprida: “... quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto...”, v. 5.
Para que as estratégias, técnicas e métodos de trabalho de uma igreja sejam bem-sucedidos, o cristão precisa entender que ele não foi chamado para viver enclausurado entre as quatro paredes do templo, simplesmente esperando receber as bênçãos e aguardando a volta de Jesus para buscar a Igreja.
Pelo contrário, precisa fazer a diferença e preocupar em ser o sal da terra e a luz do mundo, Mt 5: 13-14, pregar o evangelho e apresentar-se ao Senhor aprovado. Na verdade, o que Jesus está propondo neste texto é que o cristão permaneça nele e seja frutífero, a fim de que a igreja faça Jesus conhecido entre todos os povos, pelo menos, a partir de três princípios preestabelecidos pela Palavra de Deus:

Todos são chamados
Na alegoria de João 15: 1-27, Jesus se apresenta como a “videira verdadeira” e os seus seguidores como “os ramos”, que ao permanecerem ligados Nele, como fonte verdadeira de vida, haverão de frutificar. Nesse processo divino, todo ramo (cristão) que não dá fruto é cortado e lançado fora. E todo aquele que dá fruto, requer um cuidado especial, para que frutifique ainda mais, v. 2.
O discurso da frutificação, pregado por Jesus, precisa ser visto como base de crescimento e maturidade da Igreja, quer dizer, Deus não está interessado em salvar o pecador simplesmente para ter os problemas solucionados e venha a usufruir de suas bênçãos, mas Ele requer de cada cristão uma vida de testemunho e de frutos. Um não a um Cristianismo meramente contemplativo e um sim a uma vida de serviço e comunhão com Deus.
Cada crente precisa entender que o chamado para dar frutos é para todos os cristãos. Ninguém pense que apenas determinado número de crentes tem o compromisso de santificar suas vidas, orar, pregar a Palavra, etc. Se Cristo morreu e ressuscitou por todos, logo, todos, após a conversão, têm os mesmos direitos e deveres cristãos diante de Deus. Quando o Senhor voltar para buscar sua igreja pedirá contas a todos, 2Co 5: 10.
Portanto, precisamos entender que, apesar do chamado ser para todos, o compromisso é pessoal. Quando Cristo disse, “estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se estiverdes em mim”, v. 4, Ele está particularizando o chamado e atribuindo a cada cristão a responsabilidade do crescimento da igreja.
Essa individualidade implica compromisso pessoal, envolvimento diário da parte de cada um de nós, como um corpo bem ajustado, 1Co 12: 12. A tarefa é de todos e de todos é a tarefa. 

Todos têm talentos
Deus jamais exigiria de um cristão uma vida de frutificação sem que Ele provesse os recursos necessários. Se não fosse assim, poderíamos nos escusar quando o Senhor viesse para ajustar as contas com sua igreja. A parábola dos talentos (Mt 25: 14-30), por exemplo, é própria para ilustrar esta verdade.
A história diz que certo homem ausentou-se de sua terra e entregou aos servos seus bens para serem trabalhados com disposição, seriedade e coragem. O que recebeu cinco denários ganhou com eles outros cinco; o que tinha dois granjeou outros dois, vs. 20 e 22. O processo de multiplicação foi real, uma vez que os próprios talentos geraram outros talentos.
Então, se talento gera talento e dinheiro gera dinheiro, pode-se dizer que ovelha gera ovelha. Para tanto, cada crente precisa colocar suas aptidões ou habilidades naturais, tempo, dons espirituais, recursos cristãos a serviço do Reino de Deus. É maravilhoso saber que, quando usamos nossos talentos e dons na obra de Deus, toda a Igreja é favorecida e abençoada, expandindo-se, assim, o Reino de Deus.
Percebe-se claramente que os servos da parábola empreenderam esforço para que os talentos se multiplicassem. Com certeza, eles trabalharam com seriedade, pois sabiam que o senhor que lhes confiara os bens e haveria de voltar a qualquer momento para um acerto de contas. O que havia recebido apenas um talento nada fez para que o valor recebido não fosse desvalorizado. Nem sequer o entregou aos banqueiros, v. 27.
Na igreja também é assim, pois nada acontece sem que haja esforço, empenho, disposição e amor. O Senhor disse a Josué: “Esforça-te, e tem bom ânimo...”, Js 1: 9. Nossos talentos precisam estar à disposição do nosso Senhor, a fim de que a igreja cresça a cada dia.

Todos precisam frutificar
Para ilustrar este ponto, vamos à parábola da figueira estéril, registrada por Lucas 13: 6-9. Diz o texto que certo homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Vindo, porém, procurar fruto nela, não achou. Então, indignado, disse ao vinhateiro: por três anos procuro fruto nessa figueira e não encontro, v. 7. Por que ocupa a terra inutilmente? Que ela seja cortada, disse o senhor.
O viticultor, por sua vez, disse: Senhor, deixa-a, ainda, este ano, pois vou tratar dela. Se, porventura, vier a dar fruto, permanecerá. Todavia, se não produzir, vamos cortá-la, v. 9. Está mais do que evidente que esta parábola tem tudo a ver com a Igreja dos nossos dias.
A religiosidade judaica, ao tempo de Jesus, fora comparada a uma figueira infrutífera. Basta lembrar que as leis, os ritos mosaicos, a posição geográfica e tantas outras prerrogativas contribuíram para fazer de Israel um povo privilegiado. Com isso, era de se esperar que houvesse entre eles mais fé, mais devoção, mais contrição e muito mais santidade do que entre os povos pagãos.
Qual não foi a decepção do senhor da vinha que, durante três anos, não pôde encontrar um fruto sequer em sua plantação. Isso equivale a dizer que a igreja judaica não estava correspondendo ao chamado de Deus. Estava sendo infrutífera em suas realizações, como uma planta que ocupa a terra inutilmente, v. 7.
Como é triste saber que muitas igrejas hoje se assemelham ao Israel daquela época. A cada ano, Deus tem procurado os frutos de seu trabalho e nada tem encontrado. Assim como essa figueira, o cristão infrutífero na vida espiritual corre o risco de ser cortado, caso não se apresente ao Senhor com uma vida frutífera.
Deus não quer apenas as folhas, que, nesse caso, podem nos passar uma mensagem de aparência de resultados, mas Ele requer os frutos. Por isso, seria extremamente coerente afirmar que Deus exige fidelidade proporcionada às aptidões espirituais que Ele nos concede, e que ser infrutífero é um risco a que todos estão sujeitos e do qual devem fugir.
Apesar de não se saber o seu fim, a princípio, a figueira infrutífera não foi cortada devido à atitude do vinhateiro: “Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu a escave e a esterque. E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar”, Lc 13: 8 e 9. Mas, de uma coisa é certa, ela teve a oportunidade de continuar plantada e apresentar os frutos ao seu senhor.

Verdade é que Deus tem dado a cada um de nós tempo, condições e oportunidades de sobra para trabalharmos e nos envolvermos com o crescimento da igreja. Por isso, vamos aproveitá-las e com muita dedicação fazer a obra do Senhor. Será maravilhoso ouvir do Senhor estas palavras: “Bom está, servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo de teu Senhor”, v. 21.
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O Pr. Advanir Alves Ferreira é presidente da IPRB desde 2001.
Pastor da IPRB desde 17/08/1985.

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